Caso Amélia: Justiça condena homem acusado de sequestrar e estuprar adolescente em Aparecida de Goiânia

A Justiça de Goiás condenou a 48 anos e 6 meses de prisão, na última terça-feira (07), Janildo Silva Magalhães, acusado de sequestrar, estuprar e matar a estudante Amélia Vitória Oliveira de Jesus, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia. A sentença foi proferida durante um júri popular e prevê que ele cumpra a pena, inicialmente, em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. Além da reclusão, também foi arbitrado o pagamento de 10 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente.

Na decisão, o júri comprovou que o réu agiu “de forma consciente, livre e determinada, sendo a sua conduta altamente reprovável (negativo). Agiu premeditadamente e com dolo extremo”.

Os jurados reconheceram que, referente ao homicídio, o crime foi praticado por meio cruel, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação de outros crimes praticados.

O júri também considerou como agravante o fato de Amélia ter idade inferior a 18 anos e que o crime foi para fins libidinosos. Além disso, também foi salientado que Janildo prejudicou as investigações e provocou sofrimento aos familiares da vítima ao esconder o corpo da vítima.

Relembre o caso

O crime ocorreu em novembro de 2023, após Amélia ser sequestrada por Janildo ao sair de casa para buscar a irmã na escola, em Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações da Polícia Civil (PC), ela foi estuprada em dois locais pelo mesmo homem.

De acordo com a Justiça, Amélia teria sido constrangida mediante a violência e violentada primeiro na Rua Amarai, Parque Itatiaia. Logo depois, ela foi levada até a a Rua Abel Chaveiro, no Setor Parque Haiala, onde foi estuprada novamente e asfixiada até a morte.

Após o assassinato, ele tentou esconder o corpo em uma residência, onde o crime aconteceu. Mesmo depois, o homem chegou a voltar na propriedade e pintou a bicicleta usada no crime.
Além disso, o acusado também rasgou a camiseta que usava, abandonado-a em um canto da casa, no intuito de descartá-la.

Na época, conforme o delegado Rodovalho, responsável pelo caso, a mãe e a irmã de Janildo estranharam o comportamento dele e não permitiram com que ele se livrasse da roupa. Foi a própria família, inclusive, que o denunciou à polícia, após ver reportagens informando sobre o desaparecimento da menina e notar que Janildo ficava alterado.

Com a comoção, Janildo decidiu retornar ao imóvel para abandonar o corpo em um local de fácil localização. Amélia foi encontrada em 02 de dezembro do mesmo ano e o responsável foi preso um dia depois. O homem possuia passagens pelos crimes de receptação, tráfico de drogas, furto, estupro, roubo e falsa identidade.

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