A partir das próximas semanas, as chuvas irregulares devem retornar em diferentes municípios e regiões de Goiás, conforme o prognóstico emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O ponto crucial é a ocorrência do La Niña, confirmada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), na quinta-feira (09), quando foi divulgado um aviso oficial indicando a configuração do fenômeno tropical e sua persistência nos próximos meses.
Em entrevista à reportagem, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, explicou que, com a chegada do fenômeno, há risco de intensificação da instabilidade, com ocorrências de chuvas em formato de tempestade, rajadas de vento e até eventual queda de granizo. As áreas mais afetadas devem ser o Centro, Sul e Noroeste do estado.
“Ele vai acontecendo. Na semana passada, identificamos que o [La Niña] deve ocorrer até o final do ano, em dezembro. Goiás, então, vai receber chuvas mais volumosas. Nesta semana, especificamente, temos o avanço de uma frente fria que deve trazer tempestades e rajadas de vento de até 50 km/h”, destacou.
O próprio Cimehgo chegou a emitir um alerta de risco potencial de tempestades para 185 municípios goianos nesta segunda-feira (13). Entre eles estão: Abadia de Goiás, Abadiânia, Acreúna, Água Fria de Goiás, Água Limpa, Águas Lindas de Goiás, Aloândia, Alto Horizonte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anápolis, Anhanguera, Anicuns, Aparecida de Goiânia, Aparecida do Rio Doce, Aporé, Araçu, Aragoiânia, Arenópolis, Avelinópolis, Baliza, Barro Alto, Bela Vista de Goiás, Bom Jardim de Goiás, Bom Jesus de Goiás, Bonfinópolis, Bonópolis, Brazabrantes, Buriti Alegre, Buriti de Goiás, Cachoeira Alta, Cachoeira de Goiás, Cachoeira Dourada, Caçu, Caiapônia, Caldas Novas, Caldazinha, Campestre de Goiás, Campinaçu, Campinorte, Campo Alegre de Goiás, Campo Limpo de Goiás, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Castelândia, Catalão, Caturaí, Ceres, Chapadão do Céu, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Córrego do Ouro, Corumbaíba, Cristalina, Cristianópolis, Crixás, Cromínia, Cumari, Damolândia, Davinópolis, Doverlândia, Estrela do Norte, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Goiandira, Goianésia, Goianira, Goiás e Goiatuba.
Além delas, aparecem: Gouvelândia, Guapó, Guaraíta, Guarinos, Heitoraí, Hidrolândia, Hidrolina, Inaciolândia, Inhumas, Ipameri, Ipiranga de Goiás, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itajá, Itapaci, Itapuranga, Itarumã, Itauçu, Itumbiara, Ivolândia, Jaraguá, Jataí, Jesúpolis, Joviânia, Lagoa Santa, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mara Rosa, Marzagão, Maurilândia, Mimoso de Goiás, Mineiros, Moiporá, Montividiu, Morrinhos, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo, Mutunópolis, Nazário, Nerópolis, Niquelândia, Nova América, Nova Aurora, Nova Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçu de Goiás, Nova Veneza, Novo Gama, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Ouvidor, Padre Bernardo, Palestina de Goiás, Palmeiras de Goiás, Palmelo, Panamá, Paranaiguara, Paraúna, Perolândia, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Piracanjuba, Piranhas, Pirenópolis, Pires do Rio, Pontalina, Porteirão, Portelândia, Professor Jamil, Quirinópolis, Rialma, Rianápolis, Rio Quente, Rio Verde, Rubiataba, Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás, Santa Cruz de Goiás, Santa Helena de Goiás, Santa Isabel, Santa Rita do Araguaia, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Santo Antônio da Barra, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São Domingos, São Francisco de Goiás, São João d’Aliança, São Miguel do Araguaia, São Miguel do Passa Quatro, São Patrício, São Simão, Senador Canedo, Serranópolis, Silvânia, Taquaral de Goiás, Terezópolis de Goiás, Três Ranchos, Trindade, Turvelândia, Uirapuru, Uruaçu, Uruana, Urutaí, Valparaíso de Goiás, Vianópolis, Vila Propício, Goiânia e São Luiz do Norte.
O que é o La Niña?
O La Niña é um fenômeno climático oceânico-atmosférico natural, que integra o sistema El Niño–Oscilação Sul (ENOS). Ele ocorre de forma gradual, quando há resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial Central e Oriental.
Com isso, há o fortalecimento dos ventos alísios — ventos constantes e persistentes que sopram das zonas de alta pressão nos trópicos. Na região Centro-Oeste do Brasil, incluindo Goiás, o fenômeno normalmente está associado a aumento da frequência e da regularidade das chuvas.


