A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, na última quinta-feira (06), uma operação contra um morador de Goiânia, de 32 anos, suspeito de ameaçar o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e outras autoridades norte-americanas.
Conforme as investigações, o homem possui dupla nacionalidade (brasileira e norte-americana) e tentou entrar na Embaixada dos EUA, localizada na Asa Sul, em Brasília, mas foi contido. A situação ocorreu um dia após ele divulgar ameaças na internet.
O suspeito foi denunciado pelo Serviço Secreto dos EUA, que comunicou o Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça sobre as ameaças. Logo depois, a PCDF foi acionada e deu início à investigação por meio da Divisão de Prevenção ao Extremismo.
Assim, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, na capital goiana. Apesar de não ter sido preso, ele teve equipamentos eletrônicos e anotações apreendidos.
Em um dos cadernos encontrados, os policiais localizaram informações sobre como entrar nos Estados Unidos de maneira ilegal, começando pela Guatemala. Além disso, o imóvel tinha uma parede rabiscada com a frase “shoot to kill” — que significa “atirar para matar”.
O homem, que não teve a identidade divulgada, já teria sido detido anteriormente nos EUA e estava sendo procurado por não cumprir medidas judiciais após uma tentativa de ataque em Marlborough, no estado de Massachusetts.
Investigações
De acordo com a polícia, o suspeito esteve hospedado em Brasília entre os dias 22 e 26 de setembro. No dia 25, ele enviou e-mails com ameaças a autoridades americanas, entre elas o presidente Donald Trump.
No dia da partida, ele chegou a ir até a Embaixada dos EUA com uma mala suspeita e tentou entrar no local sem ter horário agendado. No entanto, foi impedido.
Até o momento, não foi divulgado o conteúdo da mala, e não há indícios de que o homem tenha cometido os crimes com a ajuda de terceiros.


