Motorista suspeito de causar acidente com morte em Goiânia tem prisão convertida em preventiva

Motorista suspeito de causar acidente com morte em Goiânia tem prisão convertida em preventiva

O motorista Lucas San Thiago, suspeito de provocar um grave acidente envolvendo seis veículos, que deixou uma pessoa morta e outras feridas, em Goiânia, no domingo (26), passou por uma audiência de custódia na terça-feira (28) e teve o pedido de liberdade provisória negado, além de ter a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Na decisão, proferida pela juíza Jordana Brandão Alvarenga Pinheiro, a magistrada considerou a gravidade dos fatos, que vão desde acusações de cárcere privado e agressão contra a companheira até homicídio no trânsito e uso e posse de drogas.

Em depoimento, ele afirmou que estava há mais de um ano sem consumir álcool — alegação desmentida por um exame de corpo de delito, que indicou a presença de álcool e outras drogas.

O jovem alegou que o acidente teria acontecido após ele ser fechado por uma motocicleta antes do semáforo e que, por isso, realizou uma manobra brusca que resultou na colisão com os veículos.

Lucas afirmou que não chegou a ver a vítima fatal e que, após os fatos, ficou sentado na calçada aguardando a chegada da Polícia Militar (PM).

Acusação contra a ex

Antes do ocorrido, o jovem teria agredido a companheira, de 19 anos, e a mantido em cárcere privado.

Em depoimento, a mulher alegou que a situação ocorreu na sexta-feira (24), quando ambos estavam a caminho de Rio Quente e que, ao chegarem ao local, ele teria ingerido entorpecentes, o que a fez querer retornar a Goiânia.

Apesar do pedido, o rapaz teria se recusado a voltar e a manteve em cárcere privado, chegando a guardar o cartão de abertura da porta, além de agredi-la.

Ao retornar à capital, ele passou a dirigir de forma perigosa, fazendo manobras de alto risco, quando atingiu um motociclista e seguiu sem prestar socorro. Logo depois, colidiu contra diversos veículos no Jardim América.

Sentença

Na decisão, a magistrada destacou a gravidade da situação e ressaltou que a liberdade do suspeito neste momento poderia ocasionar novos delitos, diante de seu histórico.

Além da prisão, ela também determinou medidas protetivas em favor da companheira, que proíbem o suspeito de se aproximar da mulher e de seus familiares, devendo manter distância mínima de 300 metros, bem como de manter contato com a vítima ou seus familiares por qualquer meio de comunicação ou redes sociais, ficando ainda impedido de frequentar os mesmos locais, incluindo as imediações da residência e do local de trabalho dela.

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