A Justiça de Goiás determinou que as duas mulheres que tentaram sequestrar crianças em Goiânia estão proibidas de visitar parques e shoppings da capital. A sentença também impôs que elas não se aproximem da família e da babá de uma das menores, além de determinar o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento.
Conforme a decisão, também fica vedada a ida delas a creches, hospitais de pediatria ou a qualquer lugar onde haja crianças. Em caso de descumprimento, as suspeitas podem ser internadas de forma provisória ou presas preventivamente.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rilmo Braga, as mulheres alegavam ter 200 filhos espalhados pela capital, supostamente provenientes de óvulos roubados.
“Elas abordavam as crianças com um discurso muito estranho, já indicando transtornos mentais. Alegavam que tiveram seus óvulos subtraídos por autoridades anos antes, que tiveram 200 filhos espalhados pela cidade e que aquelas crianças poderiam ser seus filhos”, disse o delegado. Segundo ele, as mulheres agiam principalmente no Parque Vaca Brava, no Setor Bueno.
O caso veio à tona na última quinta-feira (23) após a Polícia Civil (PC) tomar conhecimento. Em um dos relatos, uma babá afirmou que as suspeitas chegaram a segui-la enquanto passeava com uma criança no Parque Vaca Brava.
Durante a abordagem, elas alegavam que a bebê, de 1 ano e 7 meses, era filha delas e fruto de óvulos que lhes teriam sido roubados.
Ambas foram indiciadas por tentativa de subtração de incapaz, crime com pena máxima de seis anos.
